Pandemia aumenta 36 anos o tempo necessário para alcançar a igualdade de gênero

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O Fórum Econômico Mundial calcula que o tempo necessário para alcançar a paridade passou de 99,5 para 135,6 anos desde o começo da pandemia, ou seja, uma geração inteira a mais. O Brasil ocupa a 93ª posição entre 156 países.

No relatório, esses dados de regressão estão atribuídos à menor representação política das mulheres nas grandes economias e ao fato das mulheres trabalharem nos setores mais afetados pela pandemia, que também faz as condições trabalhistas das mulheres recuarem uma década na América Latina.

Já a paridade econômica, neste ritmo, só será alcançada dentro de 267,6 anos. Quanto ao retrocesso na participação política das mulheres nos países analisados, onde ocupam apenas 26,1% da representação parlamentar e 22,6% dos ministérios, eliminar essa lacuna levará 145,5 anos, cerca de 50% a mais do que os 95 anos previstos em 2020.

Mesmo com tantos dados alarmantes, a recuperação não dá prioridade às mulheres. Segundo dados do LinkedIn citados pelo WEF, a contratação de mulheres está ocorrendo em um ritmo menor em muitos setores, e elas não costumam ser as candidatas preferidas para disputar cargos de direção, “o que está provocando um retrocesso após dois anos de avanços”, afirma o relatório.

“Há 12 anos, a Islândia lidera a lista de países com maior igualdade entre homens e mulheres em termos gerais, seguida por Finlândia, Noruega, Nova Zelândia e Suécia. Os maiores avanços, entretanto, foram vistos na Lituânia, Sérvia, Timor Leste, Togo e Emirados Árabes Unidos.” O Brasil ocupa a 96° posição do ranking.

Fonte: El País

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