Venezuelanos recorrem às criptomoedas para combater a hiperinflação que o país enfrenta

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Só no ano passado, a taxa de inflação anual chegou a 6.500% na Venezuela, fazendo com que as economias dos venezuelanos virassem fumaça e acelerando o movimento de fuga para o dólar americano.

Segundo o think tank venezuelano Ecoanalitica, cerca de 66% de todas as transações financeiras no país já são feitas na moeda americana. Ao mesmo tempo, as negociações de criptomoedas pagas com bolívar venezuelano aumentaram, mostram os dados da plataforma de criptomoeda LocalBitcoins.

Analistas de blockchain da Chainalysis, de Nova York, também dizem que os criptotraders da Venezuela estão entre os mais ativos do mundo, próximos aos dos EUA e da Rússia quando se trata de negociações peer-to-peer (P2P) de criptomoedas baseadas em dólar.

As moedas preferidas dos venezuelanos são principalmente Bitcoin, Ether, Dash e Eos. José Maldonado, jornalista que escreve para a plataforma especializada de notícias Cointelegraph, diz que hoje é possível pagar até vendedores ambulantes com moedas digitais em algumas das maiores cidades.

Na Venezuela, são sobretudo as elites e os membros da classe média alta que podem se aventurar no mundo das criptomoedas. Em muitas partes do país, a conexão de internet costuma ser muito fraca para permitir o acesso ao comércio de moedas.

“Para a maioria da população, o uso de moedas digitais continua sendo uma ilusão”, disse Maldonado. Ainda assim, as criptomoedas são a salvação financeira para muitos venezuelanos, pois são uma maneira fácil e econômica de permitir que seus parentes no exílio enviem dinheiro para casa e que suas finanças não sejam tão afetadas pela inflação.

Referência: UOL

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